A Técnica dos 8D - Solução de problemas e melhoria
A Técnica dos 8D - Solução de problemas e melhoria
O "D" em 8D representa cada uma das oito disciplinas que compõem essa técnica
É importante observar que a técnica dos 8ds está dividida em
2 etapas bastante distintas, uma dessas etapas é a identificação das 8
disciplinas e a outra etapa é a aplicação de várias ferramentas que apoiam a
execução destas 8 disciplinas.
Existe uma confusão muito comum, de que estas ferramentas
são o próprio 8d, mas na verdade, as ferramentas são a maneira física de
desempenhar e executar as disciplinas previstas na técnica.
Neste artigo vamos separar e explicar cada um desses conceitos
Ferramentas
Tempestade de idéias (Brainstorm).
• Brainstorm
é uma técnica de geração de ideias em grupo, estimulando a criatividade e o
pensamento livre, visando encontrar soluções e insights inovadores.
• Reflita
sobre cada ideia levantada, promova o debate construtivo e inspire-se nas
contribuições dos participantes. Explore diferentes perspectivas e incentive a
colaboração. Ao final, avalie as ideias e selecione as mais promissoras para
desenvolver e implementar.
• Reúna
um grupo diversificado, defina o tema, estabeleça regras de não julgamento,
estimule o fluxo livre de ideias e anote tudo. Priorize e desenvolva as
melhores propostas.
Diagrama causa-e-efeito (Espinha de Peixe).
• O
Diagrama causa-e-efeito, também conhecido como Espinha de Peixe, é uma
ferramenta visual que identifica as causas raiz de um problema, mapeando suas
diferentes categorias e relacionamentos.
• Ele é representado por um eixo central, o
"espinha de peixe", no qual são conectados ramos que representam as
diferentes categorias de causas, como pessoas, processos, materiais e ambiente.
Essa técnica auxilia na análise aprofundada das causas do problema,
possibilitando a tomada de ações corretivas mais efetivas.
• O
Diagrama causa-e-efeito é amplamente utilizado em processos de melhoria
contínua e resolução de problemas, contribuindo para uma abordagem mais
estruturada e sistemática.
O Diagrama de Pareto
• É
uma ferramenta de análise que ajuda a identificar e priorizar os principais
problemas ou causas de um determinado fenômeno. O princípio de Pareto, afirma
que a maioria dos efeitos é causada por uma minoria das causas, o diagrama
exibe as causas em ordem decrescente de importância, permitindo focar nos itens
mais impactantes.
• É
r um gráfico de barras que representa as frequências ou impactos das causas,
juntamente com uma linha acumulada que mostra a contribuição percentual
acumulada. Dessa forma, o Diagrama de Pareto auxilia na alocação eficiente de
recursos para abordar os problemas mais significativos, resultando em melhorias
significativas e maximização dos esforços de solução de problemas.
Histograma (Gráfico de Barras)
• Histograma
é um gráfico de barras utilizado para representar a distribuição de dados em
diferentes intervalos. Ele permite visualizar a frequência ou a quantidade de
ocorrências de cada valor, fornecendo insights sobre padrões, tendências e
variações dos dados analisados.
Ciclo P.E.V.A. (P.D.C.A.).
• O ciclo P.E.V.A. é amplamente utilizado para alcançar metas, resolver problemas e promover a excelência nos processos organizacionais.
• O Ciclo P.E.V.A., também conhecido como P.D.C.A., é uma metodologia de gestão que envolve quatro etapas: Planejar, Executar, Verificar e Agir. Essa abordagem visa a melhoria contínua, promovendo o planejamento de ações, a execução dos planos, a verificação dos resultados obtidos e a implementação de ajustes e correções necessárias.
Carta de Controle (atributo e variável).
• A
Carta de Controle é uma ferramenta estatística usada para monitorar e controlar
a qualidade de um processo. A Carta de Controle de Atributos é usada quando os
dados são expressos em termos de "sim" ou "não". A Carta de
Controle de Variáveis é usada quando os dados são mensuráveis e contínuos.
• A
Carta de Controle de Atributos é baseada na contagem ou proporção de itens
defeituosos, exibindo limites de controle para ajudar a identificar se um
processo está fora de controle. Já a Carta de Controle de Variáveis é baseada
em medições numéricas, mostrando limites de controle superiores e inferiores
para avaliar a variabilidade do processo. Ambas as cartas permitem a detecção
de variações e desvios significativos, auxiliando na tomada de decisões e na
implementação de ações corretivas para manter a estabilidade e a qualidade do processo.
Estudo de capacidade (capabilidade).
• Também
conhecido como Capabilidade, é uma análise estatística que avalia a habilidade
de um processo de atender às especificações.
• Mede
a variação do processo em relação aos limites estabelecidos, fornecendo
informações sobre a capacidade do processo em produzir produtos ou serviços
dentro dos requisitos desejados.
• Auxilia
na identificação de possíveis melhorias e na garantia da qualidade dos produtos
ou serviços entregues.
AS DISCIPLINAS
Agora que já vimos as ferramentas, vamos às 8 disciplinas que dão o nome a técnica e como usar as ferramentas vistas aqui. Note que outras ferramantas podem ser usadas em situações específicas.
Disciplina 1: Estabelecer a equipe e identificar o
problema.
• Nesta
etapa, a equipe responsável pelo problema é formada. Utilizando a tempestade de
ideias (brainstorm), os membros da equipe podem se reunir para gerar o máximo
de ideias possíveis sobre as possíveis causas do aumento dos defeitos.
Disciplina 2: Definir o escopo do problema
• O
diagrama causa-e-efeito (Espinha de Peixe) pode ser utilizado para organizar as
ideias geradas na tempestade de ideias. As principais categorias do diagrama,
como Mão de obra, Método, Matéria-prima, Máquina, Medição e Meio ambiente,
podem ser usadas para agrupar as causas potenciais dos defeitos.
Disciplina 3: Realizar uma análise detalhada da causa
raiz
• Com
base nas causas potenciais identificadas no diagrama causa-e-efeito, a equipe
pode usar o Diagrama de Pareto para priorizar as causas mais relevantes e
impactantes. O Diagrama de Pareto ajuda a identificar as causas principais que
estão contribuindo para a maioria dos defeitos.
Disciplina 4: Desenvolver e implementar ações corretivas.
• Nesta
etapa, é necessário entender melhor a natureza dos defeitos. Um histograma
(gráfico de barras) pode ser criado para visualizar a distribuição dos defeitos
em relação às características do produto. Isso ajuda a identificar padrões e
tendências nos defeitos, bem como a determinar quais características precisam
de ações corretivas específicas.
Disciplina 5: Verificar a eficácia das ações corretivas
•
Utilizando o ciclo PDCA, também conhecido
como PEVA (Planejar, Executar, Verificar, Agir), as ações corretivas são implementadas
e os resultados são monitorados. Cartas de controle (atributo e variável) são
úteis para acompanhar a estabilidade do processo e verificar se as ações
corretivas estão levando a melhorias sustentáveis.
Disciplina 6: Prevenir a ocorrência de problemas
semelhantes
•
Durante o estudo de capacidade
(capabilidade), a equipe analisa os resultados obtidos após a implementação das
ações corretivas. Os índices de capacidade do processo, como Cp, Cpk, Pp e Ppk,
são calculados para avaliar se o processo atende às especificações. Isso ajuda
a determinar se o processo está sob controle e capaz de produzir produtos
dentro dos limites aceitáveis
Disciplina 7: Reconhecer a equipe
•
Ao final do processo de solução do problema,
é importante reconhecer a equipe pelo trabalho realizado. Os membros da equipe
devem ser reconhecidos e recompensados pelo esforço e contribuição para a
solução do problema.
Disciplina 8: Documentar o aprendizado.
Aprendizados e lições aprendidas: Destaque os principais
aprendizados obtidos ao longo do processo.
• Documentação visual: além de registros
escritos, considere a inclusão de elementos visuais, como fotos, diagramas,
gráficos ou ilustrações.
• Compartilhamento e acesso: garanta que a
documentação esteja facilmente acessível a todas as partes interessadas
relevantes. Isso pode envolver o uso de plataformas de compartilhamento de
documentos ou sistemas internos de gerenciamento de conhecimento.
• Revisão e atualização: periodicamente, reveja
e atualize a documentação dos 8D para garantir sua precisão e relevância
contínuas. Isso permite que os aprendizados sejam incorporados em futuros
projetos e problemas semelhantes.
Agora que você já viu de uma maneira bastante clara o que é
a técnica dos 8D, lembre-se que as disciplinas criam uma metodologia de
abordagem para resolução de situações que podem ser as mais diversas, incluindo
situações simples de melhoria contínua.
Veja também que outras ferramentas podem ser utilizadas
dentro de cada uma das disciplinas, o importante é que você faça uma
inteligência sobre o assunto e trace uma estratégia com a sua equipe, para
poder aproveitar o melhor dos 8D.
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